terça-feira, 18 de agosto de 2009

O que Shakespeare aprendeu ?

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, e se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que e se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
"E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

Obs: O texto constitui-se em uma junção de vários pensamentos do autor em diversos textos diferentes, traduzidos para o português brasileiro.


quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Não me importo




Não me importo de carregar nas costas um passado tão presente.
De viver traumas que não me pertencem.
De desprezar o futuro evidente.
De hipotetizar o que os outros sentem.

Não me importo se gostam ou não do meu cabelo
ou se alguém se incomoda com meu batom vermelho.
Não me importo de desistir de uma batalha,
quando pelo o que eu brigo, já não vale mais nada.

Eu não me importo de ter pena de ti,
de tua mente e teus atos infantis.
Do teu mundo arrogante e sorridente.
Do teu egoísmo plácido e transparente.

Eu não me importo em ser imperfeita.
De não ter cara de Maria ou Tereza.
De não ser santa como uma velha freira,
ou um diabo frio no calor da caldeira.

Eu, simplesmente, não me importo.

Eu não me importo de ser quem eu (não) sou,
de falar alto, roer as unhas, dar um show.
De ter mil caras, mil gestos, mil jeitos,
de não me preocupar com o que pensam os terceiros.

Também não me preocupo em ser sempre sincera.
No palco, rir de uma tragédia,
e sem motivo, chorar numa comédia.
De esperar ao o que não me espera.

E não me importo de andar na multidão.
Em tropeçar, errar, cair no chão.
Não me importo de viver numa prisão,
quando a chave estiver no meu próprio coração.

Eu, simplesmente, não me importo.

E não me importo em não ter religião.
Em jogar álcool na boca de um vulcão.
E sorrir pra quem me diz um não.
Não me importo, de às vezes, sonhar em vão.

Eu não me importo em ser assim.
Sentir frio no calor, começar no fim.
Não me importo em ler de trás pra frente.
E nem me importo em pensar diferente.

Eu não me importo em ter medo.
Acordar chorando com um pesadelo.
Buscar o amor, no ódio alheio.
Buscar no erro, o meu acerto.

Eu, simplesmente, não me importo.



segunda-feira, 6 de julho de 2009

CAMINHOS

Sim. Na beira do mar tua mente vagueia. Teu espírito entre as árvores, as flores e vento procura o caminho, o teu caminho.
No entanto, buscas o desconhecido. E no teu caminhar, cuidado ao que vais buscar.
Em que vais tropeçar? O que encontrarás?
Cuidado ao buscar o caminho da verdade. Não porque tu venhas a tornar-te refém da mentira, mas é que sempre atrás da verdade, escutarás a voz de alguém chorando, bem baixinho, lá no fundo, do outro lado do muro. Desta maneira, se queres encontrar a verdade, estejas preparado para ela.
Não busques também apenas o caminho da moral, nem da ética. Não porque tu venhas a ser imoral ou antiético, mas é que agindo eticamente, não terás coragem de seres o que realmente és. Muito menos farás aquilo que tens vontade. Te tornarias apenas aquilo o que querem que tu sejas. Sem cor, sem riso, sem pulso. Um cego no escuro.
Sei também que não deves enveredar no caminho da ambição desmedida. Dinheiro é essencial, pode comprar tudo e todos, mas não te fornece a paz interna. Dinheiro não sacode tuas raízes e nem compra o amor, o verdadeiro amor. E não estou a dizer pra seres pobre, isso jamais. Apenas tome cuidado para não seres escravizado pela tua própria ambição. Ser escravo do dinheiro é ser pobre em sentimentos.
E o amor? Buscas o amor? Digo-te apenas que não busque o caminho do amor. Não saia por ai procurando o amor, ou insistindo em um amor. Isso não será benéfico a ti. O amor não gosta de ser procurado nem encontrado, muito menos forçado, ele gosta de encontrar, de se apresentar, com calma, leve e sutilmente...deixa ele te encontrar! Sabes por que? Porque se procurares o amor, e o encontrares, não terás noção da validade, qualidade e da quantidade deste amor. Se quer saberás se ele realmente é um “amor”, ou uma fantasia criada por ti e para ti mesmo. Desta forma, seria ele sempre um enigma, uma caixinha de surpresa, e às vezes, até uma "caixa de pandora".
Mas se ele te encontrar, ai sim. Aceite-o. Com o amor não se luta, não se subestima. Apenas o acolhe, ou não. Assume-se o risco ou acovarda-se.
Mas não iluda-se, esse caminho é árduo. Aceitar o amor não significa, necessariamente, ser feliz. Aceitar o amor e viver um amor é crescer e amadurecer. Amar, é tornar-se forte!

domingo, 3 de maio de 2009

Mulher, Rainha e Serpente

Deslizar em tua pele.
Perder-me entre tuas vestes.
Sentir o sabor do suor do seu corpo.
Sentir pulsar teu coração antes morto.

Quero teus olhos somente sobre mim.
E cavalgar no teu colo em um jardim.
Quero apertar e morder teu couro nu.
Sentir brilhar teu gozo em ouro cru.

Quero tua mente, louca, indecente.
Poder gritar tesão entre as gentes.
Ver a fêmea de inveja quase morta.
Gritar: Meu macho! Enfrente a tua porta.

Ser Dama na mesa, louca na cama.
Ser seu desjejum, seu almoço e sua janta.
Te fazer rir, mesmo sentindo dor.
Te fazer plantar e colher um louco amor.

Quero sentir teus sentimentos envaidecidos.
Domar leões, tocar fogo em teu circo.
Te fazer um homem forte, domar tua mente.
Te enfeitiçar feito uma rainha serpente.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Desejos masculinos: A mulher ideal

Assim como no mundo científico pairam dúvidas sobre a origem da humanidade, no mundo feminino existem dúvidas corrosivas sobre o que seria uma mulher ideal para um homem. O que de fato um homem deseja em uma mulher.
Ora, concordemos, um conceito absoluto jamais existirá, levando-se em consideração a multiplicidade e complexidade da personalidade masculina de gostos, escopos e pré-conceitos moldados pela ambientação social-cultural em que cada um foi podado. Ou seja, por mais que nós nos esforçássemos sobre-humanamente, não encontraríamos um único perfil de mulher que agradasse a todos os homens em absoluto. Até ai tudo bem, compreensivo.
No entanto, no afã feminino de minimamente conhecer o homem em que se convive e o macho que hipoteticamente lhe pertence, buscaremos aqui encontrar e apresentar as características uníssonas existentes sobre o que um homem verdadeiramente almeja em um ser feminino.
Para iniciar, faz-se necessário uma viagem na história. Antigamente, nas sociedades monogâmicas, monárquicas e ocidentais (e em algumas orientais), o homem precisava de duas mulheres para poder completar tudo aquilo que realmente desejava. A esposa, tinha que ser culta (incluindo-se nisso a boa educação e a inteligência), ser prendada (saber bordar, pintar, cozinhar, tocar instrumentos), ser bela (ter um rosto angelical) e, principalmente ser fértil. Por outro lado, para a amante, exigia-se apenas ser “farta de carnes” e dominar a arte do prazer sexual.
Assim, na referida época, era comum a esposa saber da existência da amante e ter que conformar-se com isso, pois prazer sexual não era atribuição da esposa, e sim das amantes e das prostitutas. Para uma esposa, fazer sexo oral no homem era quase que um pecado. E mesmo que não fosse, pois com tantos filhos para criar, ficava difícil dar atenção ao esposo, muito menos ter disposição para satisfazê-lo sexualmente. Sei que essa verdade incomoda, mas, infelizmente, era a realidade da época.
Mas, os tempos foram mudando e, as coisas foram tomando proporções diferentes. As mulheres passaram a não mais aceitar tal situação. Mas o que teria acontecido então? Os desejos de mulher ideal para o homem modificaram-se junto com a sociedade? Não! As mulheres que mudaram!! As mulheres deram contam que, elas não tinham mais que aceitar uma terceira pessoa em sua relação, que elas mesmas poderiam satisfazer seus homens. Assim, começaram a tomar as primeiras atitudes: 1.Ter menos filhos: Sim, com menos filhos, mais tempo para se cuidar (pois já não bastava mais um rosto angelical, e sim um corpo bonito e bem cuidado).
2.Ter mais disposição e vigor: Não estar mais cansada e enfada quando seu esposo chegar em casa. Pois saibam, os homens gostam de um belo jantar os esperando em casa, mas não gostam de esposas cheirando a cebola. Gostam de filhos bem criados, mas não gostam de mulheres estressadas.
Sei que tais apontamentos podem soar um resquício de machismo, mas ora, não percamos o objeto de nosso estudo! Estamos analisando a mente masculina, e o ser masculino é eminentemente egocêntrico! Não estamos analisando o que às mulheres desejam. Sem falar que estamos demonstrando como as coisas são, e não como elas deveriam ser.
Assim, de uma maneira generalizada, todos os homens gostam de mulheres sorridentes. Um sorriso desmonta a armadura masculina. Não pense que vai conseguir o que quer de um homem no grito, que não vai.
Homem gosta de um belo corpo, uma mulher bem cuidada, mas para ele, isso só não basta! Mulher bonita é uma coisa, “gostosa” é outra. Somente a beleza não importa, tem que dominar a arte do sexo. Tem que ser boa de cama, saber gemer e rebolar. Homem gosta é de interatividade e atitude!
Homem também gosta de mulher bem vestida. Mas isso não quer dizer “muito vestida”. Homem gosta de mulher elegante e sexy. E sabe por quê? Porque eles adoram ver as suas mulheres cobiçadas por outros homens. E sabe quando um homem tem orgulho de sair com sua esposa? Quando os outros homens olham para ela. Essa é a mais pura verdade, pode confiar, embora eles jamais admitam isso!
Opa! Mais não basta ser sorridente, bonita e boa de cama (ou “raçuda”, como dizem os cearenses). Tem que ser inteligente! Isso mesmo. O que vale uma fruta suculenta vazia por dentro não é? E a espécie de inteligência que o homem mais aprecia em uma mulher é o seu senso de humor. Mulheres técnicas demais, que vivem falando de suas profissões não agradam em nada o universo egoisticamente masculino.
Outra coisa importante: homens gostam de mulheres companheiras, que saibam mais ouvir do que falar. E, preferencialmente não gostem de discutir a relação.
Sendo assim, essas são as características essenciais que os homens almejam em uma mulher. Em verdade, o que o homem deseja nos dias de hoje é uma “super-mulher submissamente independente".

domingo, 5 de abril de 2009

Impressões precisas do sexto sentido.

Por que me matas a alma, se a muito tua íris já espelha os jardins do purgatório?
Por que ainda sorri, se teu sorriso engana apenas os que não te conhecem?
Mas como poderia eu te julgar?
Não sou santa, nem carmelita, sou o teor da pomba gira.

E tuas palavras? Há tua palavras...Devassas, cantadas, ultrapassadas.
Percorrem os tímpanos dessa pobre mortal. Desigual!
Terá ela os mesmos pecados que eu?
Darás a ela os impropérios de tua mente indigna? Fingida!

Furtar, seduzir, matar. Necessidade, não nego!
E tu? Enganar, desarmar, escravizar. Puro ego!
Eu com a faca, tu com o prego! Não erro!
Ela com medo, paixão e segredo. Acerto!

Meu sexto sentido, por ti não sentido,
Me mostra o rosto da pobre coitada. Enganada!
Pensando que enfim encontrou seu amor. Horror!
Mal sabendo a fria em que entrou. Procurou!
Provocou minha ira nada mais que bandida. Ferida!

Jogo duro, jogo sem dó. Prendo-te num ninho de nós.
E não me venha com bandeirinha de paz. Não penses que és sagaz!
A paz é para os derrotados. A merda com o fracasso!
Tua ilusão pelo macho é minha defesa, velha-ninfeta!

Menina-velha é experiente e guerrida.
Mas ainda não é mãe, não é parida! Não sabe nada da vida.
Só sabe voar, não sabe lutar e não sabe matar.
Não imagina o que o destino lhe reserva. Uma fera!
Levanto minhas armas. Agora é guerra!

sábado, 28 de março de 2009

O (anti) Hino Nacional


Ouviram do palácio do planalto
em um discurso composto por vagabundos.
Onde diziam: Viva o Brasil da liberdade!
Mas na verdade, opressão é realidade.

E nessa hipócrita, sociedade,
o pobre é fraco e quem ganha é o mais forte.
O que queremos é igualdade,
pra não vivermos esperando a própria morte.

Ó patria amada,
és engana,
nos socorre!

Brasil, meu país és iludido.
E devido à ganância tu não cresces.
E enquanto teu real é escondido,
teu coração e o teu povo entristece.

És nobre pela tua natureza.
Teu povo indígena e mulato é grandioso.
Não deixem destruírem a tua pureza.

Terra adorada.
Entre outras mil,
és tu Brasil,
Não te desarmas.
Dos filhos deste solo és mãe gentil.
Pátria enganada, Brasil!

Parte II

Cuidado, pois teu povo é iludido.
Dopado em um sono profundo.
Abri teu olho, és dominado pela "América",
Pelas rédias da metrópole do mundo.

Mas tua glória virá um dia.
Tua juventude não quer mais estes horrores.
Acabaremos com a injustiça.
Pois teus filhos não querem ser sofredores.

Ó pátria amada,
és enganada,
nos socorre!

Brasil tens na Amazônia o teu símbolo,
mas o seu verde não está sendo respeitado.
Tuas matas e raizes são queimadas.
E do teu solo o teu ouro é retirado.

Mas tenho fé que nascerá a tua sorte.
Torcer pra que a glória seja tua,
e não as outros que provocam tua morte.
Terra adorada.
Entre outras, és tu Brasil,
não te desarmas.
Dos filhos deste solo és mãe gentil.
Pátria explorada, Brasil.


Abaetetuba-PA, 01 de fevereiro de 2002.

terça-feira, 24 de março de 2009

Quem és?

Cavalo alado
braços amarrados
em desalento.

Olhos vendados
desatinado
exacerbamento.

Vagando o mundo
a me procurar
no submundo.

Peito sangrando
desatinado
desencontrado?

Mas quem eu sou?

Sou o guerreiro
desarmado
pelo amor?
Quem eu sou?

Sou a abelha
embriagada
pela flor?
Quem eu sou?

Sou a messalina
pela paixão
endireitada.
O que constatas?

Sou o cão fiel
ignorado
pelo dono.
Me chamo abandono?

Sou o filho
parido
frente ao ócio.
Eu sou o ódio?

Sou a esposa
infiel
junto ao amante.
Eu sou errante?

Sou o esposo
infiel
no bordel.
Eu sou o réu?

Sou o palhaço
com o riso
ignorado.
Sou o fracasso?

Não!!
Tu és o reflexo do medo
em desvaneio
indignado
frente ao espelho!

Como identificar o "manipulador"

Fernanda Dannemann

Reconhecendo o(a) manipulador(a)

“A pessoa manipuladora é, antes de tudo, invisível”, diz a terapeuta comportamental e especialista em programação neurolingüística Isabelle Nazare-Aga. Segundo ela, só o tempo e a convivência permitem reconhecer o(a) típico(a) manipulador(a). Porém, com o hábito e a observação, torna-se possível identificá-lo(a) cada vez mais rapidamente.

A terapeuta concluiu em seu estudo que as características de manipuladores do sexo masculino e feminino são exatamente as mesmas. De acordo com as estatísticas, quase todo mundo já teve ou tem contato com, pelo menos, uma pessoa manipuladora durante a vida.

“Com algumas exceções, o(a) manipulador(a) não tem consciência de suas atitudes devastadoras. O egocentrismo dele(a) é tão forte que é incapaz de perceber o que os outros sentem”, diz Isabelle. “Aqueles que são conscientes e não querem mudar, beiram a perversidade”, completa.

De acordo com a psicóloga Aparecida Nogueira, no plano amoroso, a médio prazo, o tipo manipulador não consegue manter a harmonia. Discussões (em particular ou em público), clima ruim (que muitas vezes os amigos não percebem), separações, sofrimento, costumam marcar a vida de uma pessoa manipuladora.

Quando o relacionamento desse tipo acaba, geralmente, não fica nem amizade. Isso porque o(a) ex- parceiro(a) sente-se tão aliviado por ter se livrado da manipulação que é incapaz de ter bons sentimento por quem o(a) torturou.


Com quem você está lidando?

Uma das principais características do(a) manipulador(a) é só se interessar por si mesmo(a). Qualquer que seja o assunto, interrompe assim que possível para contar uma passagem que tenha acontecido com ele(a).

Se não dominar o tema da conversa, não dá atenção ao que está sendo dito e, em poucos minutos, desvia o assunto e procura uma forma de atrair os olhares para si.

Envolver-se emocionalmente com uma pessoa manipuladora é um grande risco para a auto-estima e para a própria liberdade. O parceiro manipulador, aos poucos, se coloca como líder do relacionamento, sufocando ao mesmo tempo em que se mostra cada vez menos amoroso, gentil e capaz de manter o respeito e o afeto que deram origem à relação.

A pessoa manipuladora se fortalece, essencialmente, enfraquecendo o ego de suas vítimas. Mas o exercício da manipulação é ainda pior na esfera amorosa, porque o(a) manipulador(a) atua exatamente como um(a) insaciável, sempre pronto(a) para minar a auto-confiança do(a) parceiro(a) e transformando-o(a) em mera muleta, na qual se apóia para viver.

Além de agressões verbais, críticas, atitudes de falsa surpresa diante de um erro, ele(a) também faz tudo para afastar o(a) parceiro(a) dos amigos e da família, de modo a criar um vazio em torno do(a) outro(a). Consegue enfraquecer a rede de amizades do(a) companheiro(a) e, principalmente, afastá-lo(a) de amigos anteriores à sua união.

Muitas vezes, não proíbe abertamente e, aparentemente, pode encorajar o(a) parceiro(a) a ter amigos. Mas só aparentemente. Quando isso acontece, o(a) manipulador dá um jeito de detonar a amizade e de se mostrar desagradável, fazendo com que o(a) parceiro(a) sinta-se cada vez menos à vontade e acabe se afastando de todos.


Comportamento comum dos manipuladores de ambos os sexos

...não faz promessas porque não gosta de se comprometer. Sua frase preferida é:“você não confia em mim?”

...não pede desculpas quando não cumpre o que diz ou falha nos compromissos feitos. Em vez disso, tem sempre excelentes pretextos para se explicar. Detesta ter que admitir que errou.

...não considera as necessidades da outra pessoa. Ao contrário, impõe a sua vontade com mais ou menos sutileza. Quando usa a máscara do altruísmo, fingindo preocupar-se com os outros, geralmente mostra-se ofendido(a) se alguém o(a) censura por sua desconsideração.

...é inflexível e só muda de opinião para concordar com alguém se tiver algum interesse nisso. O que, geralmente, só é descoberto meses depois.

...é capaz de se apropriar de idéias, desejos e opiniões alheias, colhendo para si o mérito que não lhe pertence.

...impõe a sua presença e adora se intrometer na vida particular das pessoas que lhe são próximas. Mas faz isso sempre com o pretexto de querer ajudar.

...não consegue deixar de dizer coisas que provocam mal-estar nas pessoas ao redor.

...muitas vezes, transmite a idéia de que se sacrifica por alguém ou por alguma causa, mas é puro marketing.

...usa a chantagem emocional para conseguir controlar os outros. Ou então faz com que as pessoas sintam-se diminuídas e acuadas, fragilizando-as.


Argumentos usados por ele(a), para afastar o(a) parceiro(a) de suas amizades:

“Não me admira que as pessoas não venham aqui em casa, você não mantém uma conversa interessante!”

“Não se pode dizer que seu grupo de colegas seja muito brilhante.

“Confesso que estou meio decepcionado. Pensava que você tivesse amigos melhores”

“Não se diria que eles são o que você diz, quando se ouve o que falam”

Como ele(a) consegue?

... atacando as pessoas, para que justifiquem sua opinião.

...desprestigiando-as em público..

... permanecendo em silêncio ou dando ares de desinteresse.

...mostrando-se impaciente, dando a impressão de que quer que as visitas se retirem o quanto antes.

...escapando da presença dos amigos indo, ostensivamente, fazer outra coisa em vez de compartilhar com eles.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Em transe

A chuva cai docemente,
No silêncio da noite fria.
Imagino Você a meu lado,
aquecendo meu corpo gelado,
carente do corpo seu.

Imagino e fico a sonhar,
tendo tudo o que eu quero,
sentindo o que eu mais venero,
Fundindo meu corpo ao seu.

Minha alma sedenta de amor,
neste desejo me entrego,
e em transe fico a me ver,
tocando e amando você.

Porém, o mais triste de tudo,
é o despertar para o mundo,
onde no dia seguinte,
tudo irá recomeçar.
Olhar para a cama vazia,
é ver que você não está.

Belo Horizonte, 23 de março de 2009.

domingo, 22 de março de 2009

Isso é TECNOBREGA!

Segunda feira chegando, mas uma semana de guerra no cotidiano. E, mas uma semana freqüentando a academia. E, é por causa da academia que vou postar agora. O meu treinador na academia, um mineiro, nascido no interior, adora, entre um e outro exercício me “zoar” pelo fato de eu ser paraense. Sempre quando chega alguém novo na academia ele diz: “ei fulano, você já ouviu falar em TECNOBREGA? Essa minha aluna aqui (euzinha) dá aula de tecnobrega”. Ecoando, risos borbulhantes de todos que ouvem.
Uma certa vez, uma menina que estava ao meu lado perguntou, caindo na gargalhada: “O que é tecnobrega? Seria o Falcão (aquele cantor nordestino de broche de flor) dançando música técno?” Eu, naquele momento, não sabia se ria da ignorância cultural dessa menina, ou se chorava de raiva pelo desconhecimento. Logicamente, proferi apenas aquele básico sorrisinho amarelo, e respondi: Não minha cara, “tecnobrega” é um estilo musical peculiar do estado do Pará.
Até ai tudo bem, afinal, uma patricinha mineira, que passa o dia ouvindo o “fank do titanic” e o “axé de Claudia Leite” (é isso mesmo, às vezes me sinto no Rio de Janeiro ou na Bahia, de tanto fank e axé que ouço por aqui), não tinha a menor obrigação de saber nada sobre os estilos musicais da região amazônica, mas para minha indignação, ela respondeu: “a sei, Pará é onde tem aquele negócio de Calypso, que eu odeio e boi de Parintins né?”. Ai foi o meu fim.
O sorriso amarelado deu espaço a um ranger de dentes, a uma voz grossa, e a um olhar esbugalhado. Aproximei-me da menina e falei, com todo calma do mundo: “Boi de Parintins fica no Estado do Amazonas, e não no Estado do Pará. E sobre o Calypso, tu não gostas da banda ou do ritimo?” Ela então respondeu: “Como assim? Não gosto daquela loura requebrando, não é isso que é calypso? Eu, já sem paciência, disse que o calypso era um estilo musical diferente, e que, independentemente, a banda calypso era só um grupo musical que tocava o ritimo de mesmo nome. Foi quando eu, com medo de me queimar com a fumaça que saia da cabecinha daquela menina, que queimava neurônios demais, me afastei.
Outra vez, estava assistindo uma palestra de Direito criminal e a palestrante Paulista, proferiu a seguinte frase: “Esta questão é de um concurso de magistratura do Estado de...Roraima...Rondônia...Pará...Há! sei lá, é tudo a mesma coisa mesmo! É onde toca esse tal de tecnobrega”. Putz...(sem comentários).
Foi então que me vi na necessidade, quase que movida por um espírito missionário cultural, de dizer, afinal, o que o TECNOBREGA, e sua distinção do CALYPSO. Logicamente que a distinção entre os Estados de Roraima, Rondônia, Amazonas e Pará, eu peço que a referida professora volte às aulas de geografia, que com certeza, a muito foram cabuladas.
Assim, TECNOBREGA e CALYPSO são estilos musicais oriundos de uma mesma raiz musical, qual seja o BREGA paraense dos anos 60. Importante aqui dizer, que o ritimo BREGA, não tem nada a ver com o ADJETIVO BREGA ou seja, tudo aquilo que é cafona. Com o passar das décadas, foram introduzidos percussão, guitarra e bateria no Brega, o que hoje se conhece por Calypso. Já o Tecnobrega, é a introdução de música técno, recursos de computação, dentre outras parafernagens que a modernidade pode proporcionar.
Assim, o Calypso é um ritimo caracterizado por bandas, com dois ou mais vocalistas, muito bonitas por sinal (e, não sei, por que, a maioria composta por louras). Sempre com um grande balé de dançarinos semi-nus, com coreografias provocantes e roupas coloridas. É, tenho que admitir que, para quem não está acostumado, pode parecer cafona sim. Principalmente pra quem mora no sul e sudeste. Quanto às letras, são em geral românticas e bem articuladas.


Já o Tecnobrega, em sua grande maioria, não existem “bandas”, sequer conhecemos os cantores, pois as musicas são difundidas nas conhecidas “aparelhagens”, ou “naves do som” (Tupinanbá, popsom, Rubi são as principais). E vou te falar, não existe coisa no mundo igual a isso! É um verdadeiro show de pirotecnia. E quando eu falo que é “nave do som”, é nave de verdade! São metros e metros quadrados de aparelhos, caixas gigantescas, luzes de todas as cores, computadores, dentro de um formato que imita uma nave espacial. E pra quem pretende ir a um show de tecnobrega, recomendo ir de óculos escuros a primeira vez! No centro da nave, sob um pedestal, fica um cara comandado tudo. Já as poucas bandas de tecnobrega, esteticamente, lembram muito o calypso, algumas até misturam tudo, mas o ritimo, sempre é mais frenético (Banda Fruto sensual, banda tecnoshow e banda xeiro verde são as principais).
Agora, um aspecto que me chama atenção é como se dança o tecnobrega. É mais difícil que o calypso e, logicamente, muito mais frenético. Não é qualquer um que dança não!
Abaixo um vídeo de um casal dançando Tecnobrega. (Eles dançam bem...mas eu ainda danço melhor! Rsrs)




Desabafo de um destino desatinado

DESABAFO DE UM DESTINO DESATINADO

I – Da observação do destino

Filho da puta,
humano-moleque,
No final da curva,
Eu vou te pegar.

Te pego sozinho,
Sem mãe, sem defesa,
Na tua mente escondida,
Saída na há.

Tu te achas grande,
Metido, perverso.
Exacerba sentidos.
Onde tu estás?

O meu paraíso,
É teu medo escondido.
No rio do destino,
Vingança virá!

Caminhas pra frente!
Não olhas pra trás?
Desce daí!
O que ganharás?

Tua origem é teu tudo,
Teu fruto desnudo,
Ignoras futuro?
E teus filhos, pastais?

II – Da advertência do destino

Filho da puta,
Pensais na vida,
Minha labuta é corrida.
Quem te vai defender?

Não te achais tudo,
Pois no teu crepúsculo,
Da terra e do pó,
Tu não podes correr!

Ao teu livre arbítrio,
Assisto sozinho,
E no livro da vida,
Estou eu a escrever.

Eu quieto, calado,
Com os dois pés descalços,
Com medo do futuro,
Quero te ver crescer!

Mas teu deslumbramento,
Orgulho desatinado,
Subiu pra cabeça,
Não te deixa ver!

Que teu coração,
Ficando escuro,
Teus filhos queridos
A quem vão obedecer?

III – Das consequências

Filho da puta,
Quem pensas que és?
Já bebestes as lágrimas,
De quem ignoraste?

O amor da tua esposa,
Já não mais existe,
Lembranças apenas,
Do que destruístes.

No teu livro da vida,
Eu já escrevi,
O grito e o temor,
Dos que tu abandonaste.

Tua alma sem cor,
Teus olhos sem vida,
Espelham apenas,
O que tu plantaste.

Tuas noites, agora,
Sem lua, sem sono,
Soam os pesadelos,
Que tu já causastes.

E hoje tu choras humano-moleque,
Eu bem te avisei o que estava por vir.
E tu não me ouvistes, homem-teimoso
Da tua morte em vida, tu já cansastes?
Mas agora filho: "É tarde!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Filosoblogando

Ano novo, vida nova! Não é assim mesmo a frase? Bem, se o ano é novo e a vida é nova, por que não um blog novo? Por que não partilhar de nossos pensamentos, idéias, confissões e aflições. Ou seja, por que não FILOSOBLOGAR? Passamos à vida inteira estudando tantas coisas, aprendendo regras, carregando dogmas. Então, por que não estudarmos a nós mesmo? Por que não refletir sobre nossa existência, nossas paixões, nossos medos, nossa sociedade, sobre o casamento, sobre o amor? Por que não encontrar o que há de real em nós?
Filosofar, não é exatamente estudar a ciência da filosofia (que me perdoem Platão e Kant, brilhantes filósofos), nem ler os livros de Marilena Chauí (que são excelentes por sinal). Tratamos aqui, do que eu chamo de “filosofia mundana”. Uma filosofia que plasma a vida como ela é (e não como ela exatamente deve ser, relembrando a teoria Kelseniana que diz respeito ao “ser e dever ser”).
Mas, como não sou nenhuma revolucionária, logicamente meus ideais baseiam-se em algum pensador, ou melhor, muitos pensadores. Talvez esse modelo de filosofia que aqui apresento tenha sua inspiração na obra O profeta do filósofo árabe Kalil Gibran, o qual confesso minha admiração desde minha infância, quando o li pela primeira vez.
Assim, filosofar também é poetizar. Aproveitarei este espaço para publicar minhas poesias e poemas há muito tempo escritos e guardados a sete chaves, bem como poemas e pensamentos de outros.
E, para iniciar este blog, tecerei a seguinte passagem sobre o conhecimento:
“Vosso coração conhece em silêncio os segredos dos dias e das noites. Mas vossos ouvidos tem sede do som do conhecimento do vosso coração. Sabereis em palavras o que sempre soubestes em pensamento. Tocarei em vossos dedos o coração desnudo dos vossos sonhos. E assim deve ser. A fonte oculta da vossa alma deve elevar-se e correr, murmurante para o mar. E o tesouro de vossas infinitas profundidades será revelado perante vossos olhos. Porém, que não exista uma balança para pesar vosso tesouro escondido; E não testais as profundidades do vosso conhecimento com um bastão, ou com uma sonda. Pois o ser é um mar sem fronteiras e sem medidas. Não digais eu encontrei a verdade, mas sim, encontrei uma verdade.Não direis encontrei o caminho da alma, e sim, encontrei a alma andando em meu caminho. Pois a alma anda em todos os caminhos. Pois a alma não anda sobre uma linha, nem cresce como um junco. A alma desdobra a si mesma, como um lótus de infinita pétalas.” (Kalil Gibran)